RIO - O 51º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), que aconteceu neste final de semana em Brasília e reuniu cerca de 10 mil pessoas, deixou 9 escolas do Distrito Federal depredadas. As instituições de ensino serviram de alojamento para os estudantes que participavam do evento. Segundo a secretária adjunta de educação Eunice Santos, além das cadeiras e torneiras quebradas, banheiros entupidos e sujeira, os estudantes ainda tomaram banho pelados em cima de uma horta no Centro Educacional do Lago Norte. Com o início das aulas previsto pára esta segunda-feira, a secretaria teve que organizar um mutirão de reforma para que as escolas possam receber os alunos. A UNE disse em nota que vai arcar com todos os custos.
- Não sabemos ainda o valor do prejuízo. O estrago é tão grande que só vamos terminar o levantamento nesta quinta-feira. A UNE falou que vai pagar os estragos, mas os reparos morais não têm preço que pague. Estudantes que tinham que dar exemplo não podem fazer o que fizeram - diz Eunice Santos.
Segundo a assessoria de imprensa da UNE, no Centro Educacional do Lago Norte apenas duas portas foram quebradas pelos participantes do congresso. O lixo já estaria no local que teria sido entregue aos estudantes sem limpeza.
Durante a vistoria para ver os estragos causados, em uma das escolas havia, segundo a secretaria, um suporte para guardar camisinhas.
Para ocupar as escolas a entidade assinou junto a Secretaria de Educação um termo de autorização no qual havia a exigência de banheiros químicos o que segundo Eunice Santos não foi cumprido.
- Existiu uma contradição entre o discurso e a prática a que a instituição se propõe - desabafa a secretária adjunta.
De acordo com a entidade, os casos de depredação relatados pela Secretaria de Educação do DF 'tratam-se de acontecimentos isolados que não refletem, portanto, a grandiosidade do encontro'.
(fonte: O Globo)
Comentário: Como poderemos acabar com a imúndicie política que impesta Brasília, se nem os próprios estudantes, que deveriam dar o exemplo, não o fazem? Se queremos reformar a política brasileira, a mudança precisa começar pela base da base, e essa base são os movimentos sociais, sobretudo os estudantis. Se a base não dá exemplo, não é o topo que vai fazer alguma coisa.
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