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sábado, 2 de maio de 2009

Crítica a Ronaldo Pinto Júnior (UNE)

No site da União Nacional dos Estudantes (UNE), o Diretor de Assistência Estudantil da mesma - Ronaldo Pinto Júnior - escreveu um artigo, no qual defende a posição da esquerda na Marcha da Maconha. E a Marcha da Maconha nada mais é do que um movimento organizado que defende a abertura de debate político-jurídico relacionado à legalização do consumo e venda da droga. Em outras palavras, defendem a legalização do uso da maconha, não se importando com as eventuais consequências que tal política irresponsável pode trazer.
O primeiro ponto que quero tratar é: o lugar da Esquerda é mesmo na Marcha da Maconha? Minha resposta é não. O papel político da Esquerda não é legalizar o uso e venda de drogas ou quaisquer outras substâncias utilizadas para fins de lazer. Nosso papel político é a transformação da sociedade em direção à emancipação do ser humano, logo na sua transformção em uma sociedade verdadeiramente democrática e liberta de suas amarras com o capital. Como a Esquerda, nas condições de libertadora do ser humano, pode lançar esse mesmo ser humano na escravidão do vício e nas dívidas que esse mesmo vício vai atrair para esse ser humano que deve se emancipar?
Legalizar a maconha em nosso país é loucura. E esse é o segundo ponto que quero tratar nessa postagem. Nosso país não tem suporte educacional para permitir a liberdade do uso dessa droga, asim como países europeus. Nosso país é subdesenvolvido, com uma educação péssima. Os usuários (atuais e futuros) da maconha não sabem os verdadeiros danos que tal droga faz em nosso organismo. Quando descobrem, já é tarde demias: já estão no vício, e é necessário muita força de vontade e uma família estabilizada emocionalmente para conseguir sair dessa; o que muitos não o têm. Como legalizar algo tão nocivo assim? Só quem ganha são os produtores da maconha e os traficantes, isso enquanto esses últimos não levam uma bala bem mirada por poiciais ou traficantes inimigos. A Esquerda não pode lutar por uma causa que só beneficiará os produtores da maconha! Como se luta pela emancipção humana levando os ditos humanos para as garras das drogas e do capital, que sugarão sua vida deixando-o com uma subvida inerente a essas condições?
Por isso, o lugar da Esquerda não é na Marcha da Maconha. O lugar da Esquerda é nas greves, nas lutas por melhores condições de vida e trabalho, também nas Assembléias Legislativas, Câmaras Municipais e Federal, noa Palácios da Justiça, nos Governos, Prefeituras. O lugar da Esquerda é na luta constante pela emancipação humana, e não na luta pelo aprisionamento do ser nas drogas!

Vídeo - Drogas nem Morto

Um comentário:

Marco Antônio "Amapá" disse...

Olá companheiro. Quero dialogar com vc sobre este texto. Primeiro quero dizer que não tenho domínio sobre este debate da legalização ou descriminalização das drogas. Apenas alguns palpites. Vamos lá.
No primeiro ponto que vc toca, sobre o papel da esquerda, acho que vc está certo e errado ao mesmo tempo. Como assim: vc está certo pq a tarefa principal da esquerda deve ser a de intervir na contradição fundamental da sociedade capitalista: a luta de classes. Mas acho que você está errado em pensar que essa luta só pode ser exercida nos sindicatos, ou outros movimentos tradicionais, como partidos e organizações (embora estes sejam imprescindíveis). Lutar contra os valores burgueses (e a criminalização ideológica e legal da maconha são um valor muito burguÊs), também pode ser uma luta importante. Essencialmente, os revolucionários tem que lutar para tirar o poder das mãos da burguesia, e isso se faz em variados espaços, assim eu acredito.
Sobre a legalização das drogas é o seguinte: 1º que o consumo acontece hoje elas não estando legalizadas. Se a legalizarmos aumentará o consumo? Talvez. Mas este consumo tem que ser controlado. Estou falando somente da maconha. A liberação do uso da maconha diminui a utilização de drogas pesadas, como cocaína e crack. Eu sou aí de Macapá mas hoje estou morando no RJ, e aqui o Crack já está atuando com violência.
Além do que, o tráfico, crime organizado, se tornou uma empresa capitalista, que com negócios internacionais, que envolve grandes empresários e banqueiros (que lavam o dinheiro), políticos (que tem suas campanhas financiadas) e quem paga o pato é o varejista. A ponta do comércio. O elo mais fraco. Aqueles meninos e meninas que pela pobreza, falência do Estado, são seduzidos a entrar pro tráfico. são seduzidos economicamente e ideologicamente.
Legalizar acabaria com o tráfico? Não. Mas diminuiria bastante.
Sobre educação você está certo. Saiba que do ponto de vista da saúde, maconha faz bem menos mal do que o cigarro comum. Não fumo maconha por que não me agrado. Mas liberá-la tá longe de ser um problema. Chegaríamos mais perto da solução (que não será definitiva), do que estamos hj. Eu tenho esse palpite.

Há braços na luta!

Marco Antônio